Direcionar o leme, mantendo-o firme e flexível, descansar o olhar no horizonte, estar atenta às oscilações do clima, recuar nas tempestades, avançar ao sol e estrelas, lançar âncoras, recolher e seguir viagem ...Partir, chegar e rumar novamente para mares desconhecidos e retornar a portos onde ficaram pedaços do nosso coração.
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domingo, 2 de dezembro de 2007
Coragem e Maturidade
sábado, 15 de setembro de 2007
Dona Canô
Acabei de ver na TV que Dona Canô fará 100 anos.
Ri quando ela disse que não sabe porque tanta história em torno dela que nunca fez nada de importante... Imagine! Viver 100 anos e achar que não se fez nada demais. Como se viver tanto fosse algo fácil e como se viver bem fosse mais fácil ainda.
De conselho ela deixou uma frase mais ou menos assim: Não se irritem muito com as coisas, a raiva não leva a nada, em suma, ela disse para viver mais na esportiva. Só não disse como. rs Gulosa, vaidosa, bem-humorada, cheia de fé. Dá mesmo uma inveja boa ver alguém assim... E que ainda por cima consegue manter os filhos no vínculo do afeto.
Parabéns Dona Canô. A senhora não entende, mas para mim é muito óbvio o porque de tanta festa!
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
“Eu faço minhas coisas, você faz as suas.
Não estou neste mundo para viver de acordo com suas expectativas.
E você não está neste mundo para viver de acordo com as minhas.
Você é você, e eu sou eu.
E se por acaso nos encontramos, é lindo. Se não, nada há a fazer.”
[Fritz Perls]
Lembrei hoje desta "oração" da Gestalt ao ler uma reflexão proposta pela Pri Borbo...Era algo sobre as nossas decepções que são frutos das nossas expectativas sobre o outro.
O que Fritz propõe seria uma deliciosa utopia, porque não é tão simples zerarmos nossas intenções. Um dia a gente chega lá.
domingo, 9 de setembro de 2007
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Compartimentar...
A sensação é esta: Aqui posso ser sincera, aqui nem tanto... Neste espaço tenho que moderar minhas palavras porque tal pessoa ou tal grupo não está aberto para receber ponderações. Neste lugar devo me conter, neste outro posso chutar o balde das minhas "verdades" sem medo de respingar em ninguém.
E aí seguimos interpretando tantos papéis quanto esperam de nós, ou do contrário optamos por cairmos em certo ostracismo social e culpa interior por não termos dado conta de sermos como a maioria esperava. Viramos colcha de retalhos, cuja identidade é um emaranhado de pedacinhos de outros que no fim de tudo, forma uma coisa que chamam de "nós".
Este sentimento aqui então eu deixo para mostrar alí. Este outro mais adiante, num momento oportuno que talvez chegue ou talvez nunca venha...Este jogo para debaixo do tapete e aquele encerro no fundo do poço dos sentimentos não gratos.
Vamos construindo nossas máscaras e quando vemos também nos transformamos em alguém com medo de ouvir opiniões. Entendendo opiniões como críticas, fazendo este ridículo paralelo... Viramos alguém que também obriga o outro a compartimentar suas atitudes e verdades, filtrar, encerrar, oprimir, descartar.
Afinal, levamos tanto tempo para construir nosso mundinho, nossa personalidade tão bem retocada e vem um audacioso e tenta mostrar que tem uma falha aqui e um errinho alí... Que não nos acha perfeitos, infalíveis.
O quanto adultos somos para sair do raso existencial e arriscarmos mergulhar nas águas fundas dos sentimentos reais sem medo de retaliações?
E se estamos pontos a pagar o preço, será mesmo que vale a pena? Que o mundo comporta gente de verdade, sem subterfúgios? Sem maquilagem, sem glitter?
Parece que o ajustar-se então é enfim o desajuste dos nossos verdadeiros desejos, das nossas reais necessidades, da nossas sensações e sentimentos, nossas opiniões e entendimento.
Melhor sair então amanhã e comprar caixinhas coloridas com etiquetas e colocar dentro de cada uma o que tenho e não posso mostrar, o que sinto e não posso sentir, o que grita dentro de mim e que preciso calar. Compartimentadas cada qual em seu quadradinho colorido, quem sabe um dia, numa faxina anual qualquer, serão abertas e saltarão livres para num mundo finalmente mais maduro para ouvir e simplesmente respeitar.
Sacos Plásticos
(Agosto 2007)
Tempo Rei
Se soubéssemos viver um dia de cada vez...Se o aqui agora fosse o único tempo considerado para nossa atuação... Se Carpe Diem... rs
(Gilberto Gil)
Não me iludo, tudo permanecerá do jeito que tem sido
Transcorrendo, transformando
Tempo e espaço navegando todos os sentidos
Pães de Açúcar, corcovados
Fustigados pela chuva e pelo eterno vento
Água mole, pedra dura
Tanto bate que não restará nem pensamento
Tempo Rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei
Pensamento, mesmo o fundamento singular do ser humano
De um momento para o outro
Poderá não mais fundar nem gregos nem baianos
Mães zelosas, pais corujas
Vejam como as águas de repente ficam sujas
Não se iludam, não me iludo
Tudo agora mesmo pode estar por um segundo
Tempo Rei, ó, tempo rei ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei
(dezembro 2006)
Overdose de Internet
Como é isto prá vc?
(Janeiro - 2007)
Desencantos Virtuais
Pois, tão fácil é amar os nossos amigos e aqueles que como eu disse antes, se encaixam nas nossas imperfeições e tão difícil aturar o outro que julgamos inimigos e ameaçadores e esquecer nosso orgulho e nossa "verdade". Sei que não perdoaríamos setenta vezes sete um engano, mas se fechar para o perdão e para o entendimento é se fechar para a paz, que é fonte do viver bem.
(Janeiro 2007)
Em Cima do Muro há um Espaço de Aprendizado
Sem demagogias agradeço aos que pensam diferente de mim e cruzam meu caminho, mesmo que em alguns momentos eu não resista a um ironia ou a um olharzinho superior (sei que vou pagar por isto também). É o diferente que me instiga. Que me faz viajar em busca do conhecimento e da validação das minhas idéias. Mas quero antes de tudo, tratar este diferente de mim com respeito, que é a base da minha evolução.
Pequenas Missões
Nele tinha uma cena entre um casal de amigos.
Ele me fez refletir sobre as pequenas missões que realizamos cotidianamente.
Refleti sobre aquele amigo ou amiga que te empurra para cima na hora que fraquejamos. Não necessariamente o que consideramos mais amigo, ou mais próximo, mas o que se faz mais oportuno em dado momento.
O que nos manda uma palavra inesperada, um gesto de carinho, de apoio ou de desprendimento, ou mesmo um bronca daquelas...
Espíritos encarnados, momentaneamente ou não repletos da luz que precisamos naquela hora para seguirmos adiante, secar nossas lágrimas, rever nossos projetos, nossa postura?
Falam por si só ou nossos mentores sopram a música do acalento em seus ouvidos...?
Não sei...mas agradeço a estes anjos que compartilham das nossas caminhadas e nem de longe têm noção de como são valiosos nas nossas vidas!
(em algum mês de 2007)