(reflexões sobre o Orkut)
 Vejo cada dia mais aqui e ali pessoas que viram  verdadeiros contorcionistas na tentativa de falar sem dizer, apontar sem colocar  o dedo em evidência, criticar sem se expor. Numa interação adulta, onde  supostamente só existem pessoas acima de 18 anos, maduras, que investem parte do  seu tempo para conversar, debater, estudar, contribuir, não deveria haver espaço  para atitudes pouco corajosas ou mesmo excesso de articulação (todo excesso é  doentio).
 As pessoas deveriam se conscientizar de  que: A Liberdade de ir e vir é garantida. Há várias  comunidades no Orkut onde eu, por exemplo, pedi add e depois de meia dúzia de  postagens percebi, pela lei da afinidade e a do menor esforço, que não valeria a  pena continuar a frequenta-las. Muitas vezes ainda as mantenho nas minhas  comunidades por apreço à esta ou aquela pessoa, mas não perco meu tempo, altero  meu humor em debates que pouco me acrescentam ou dos quais pouco  compactuo.
 Como sou humana e aberta à mudanças e a novos  aprendizados, pode acontecer de um dia, mudando minha forma de perceber,  entender ou acreditar em algo que hoje não acredito, eu sinta vontade de estar  nestes lugares que hoje penso que nada me acrescentam. Mas se for, quero estar  totalmente, de forma transparente e não soturnamente, com intenções capciosas.  Sou livre para avançar e recuar. Para ir e vir. Para continuar e  desistir.
 Eu não consigo conceber que eu vá almoçar em um  restaurante e saia falando mal da comida ou do atendimento e amanhã estar  indo de novo, e depois de amanhã também...isto é incoerência, seria leviandade e  imaturidade da minha parte. Da mesma forma que se um atendente deste lugar me  tratar mal, não me cabe dizer que o atendimento do lugar é ruim. Alguém lá  destoou. Isto ocorre em todos os lugares onde há gente. Porque pessoas não são  feitas em série, não são padronizadas. Elas diferem, elas surtam, elas se  irritam, elas isto e elas aquilo.
 Como Espíritas ou simpatizantes do Espiritismo,  acreditamos em sintonia, que pessoas afins se reúnem e desta reunião se emite  determinada vibração que pode ser percebida. Quando a sintonia não é perfeita,  há ruídos, há barulhos, a vibração emitida também fica desvirtuada. Não é bom  para o grupo nem para o individuo. Não é para o grupo porque ao invés de estar  em perfeito uníssono de intenções, se desgasta em ficar aparando arestas. Não é  bom também para o indíviduo que longe de seus pares se sente agredido e sempre  pronto a agredir.
 O que me ponho a refletir é que temos uma  oportunidade tão rara e curta de melhorarmos nossas disposições nesta passagem  encarnatória e ainda ficamos oscilando em picuinhas e fofoquinhas virtuais. Me  lembra a minha infância quando instigávamos algum bichinho bravo e feroz para  depois sair correndo e rindo. O ortodoxo é o bicho bravo e feroz? Vamos chegar  perto dele, cutuca-lo e sair correndo...subindo num lugar alto ou omitindo nossa  cara para que ninguém veja que fomos nós? Que infância espiritual ainda estamos?  O que ganhamos mesmo com isto???
 Respeito é a chave! E com respeito, a minha casa é  tua casa.
 
5 comentários:
A Val me chamou a atenção para este seu texto... Tb escrevi sobre isso no meu blog. Eu ando espantada com as mesmas coisas q vc. E tb quero essa liberdade de existir nas Comunidades sem ter q compactuar com os absurdos q vemos acontecer por aí. Sincronicidade?! rsrsrsrs O q eu sei é q suas colocações são perfeitas e eu assino embaixo. Respeito é bom... E se somos respeitosas e "cheias de dedos nos desdobrando para contribuir de forma positiva, acho até natural esperar um pouquinho de consideração alheia... rs Beijos e excelente reflexão!
É a tal da tolerância...
ótimo post! ótimo blog!
Muito 10 sua postagem Rivi!
Tenho me esforçado em me distanciar do que não me identifico mais também...
[]'s
Legal gostaria de enviar para uma amiga... obrigada
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