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domingo, 2 de dezembro de 2007

Coragem e Maturidade

(reflexões sobre o Orkut)

Vejo cada dia mais aqui e ali pessoas que viram verdadeiros contorcionistas na tentativa de falar sem dizer, apontar sem colocar o dedo em evidência, criticar sem se expor. Numa interação adulta, onde supostamente só existem pessoas acima de 18 anos, maduras, que investem parte do seu tempo para conversar, debater, estudar, contribuir, não deveria haver espaço para atitudes pouco corajosas ou mesmo excesso de articulação (todo excesso é doentio).

As pessoas deveriam se conscientizar de que: A Liberdade de ir e vir é garantida. Há várias comunidades no Orkut onde eu, por exemplo, pedi add e depois de meia dúzia de postagens percebi, pela lei da afinidade e a do menor esforço, que não valeria a pena continuar a frequenta-las. Muitas vezes ainda as mantenho nas minhas comunidades por apreço à esta ou aquela pessoa, mas não perco meu tempo, altero meu humor em debates que pouco me acrescentam ou dos quais pouco compactuo.

Como sou humana e aberta à mudanças e a novos aprendizados, pode acontecer de um dia, mudando minha forma de perceber, entender ou acreditar em algo que hoje não acredito, eu sinta vontade de estar nestes lugares que hoje penso que nada me acrescentam. Mas se for, quero estar totalmente, de forma transparente e não soturnamente, com intenções capciosas. Sou livre para avançar e recuar. Para ir e vir. Para continuar e desistir.

Eu não consigo conceber que eu vá almoçar em um restaurante e saia falando mal da comida ou do atendimento e amanhã estar indo de novo, e depois de amanhã também...isto é incoerência, seria leviandade e imaturidade da minha parte. Da mesma forma que se um atendente deste lugar me tratar mal, não me cabe dizer que o atendimento do lugar é ruim. Alguém lá destoou. Isto ocorre em todos os lugares onde há gente. Porque pessoas não são feitas em série, não são padronizadas. Elas diferem, elas surtam, elas se irritam, elas isto e elas aquilo.

Como Espíritas ou simpatizantes do Espiritismo, acreditamos em sintonia, que pessoas afins se reúnem e desta reunião se emite determinada vibração que pode ser percebida. Quando a sintonia não é perfeita, há ruídos, há barulhos, a vibração emitida também fica desvirtuada. Não é bom para o grupo nem para o individuo. Não é para o grupo porque ao invés de estar em perfeito uníssono de intenções, se desgasta em ficar aparando arestas. Não é bom também para o indíviduo que longe de seus pares se sente agredido e sempre pronto a agredir.

O que me ponho a refletir é que temos uma oportunidade tão rara e curta de melhorarmos nossas disposições nesta passagem encarnatória e ainda ficamos oscilando em picuinhas e fofoquinhas virtuais. Me lembra a minha infância quando instigávamos algum bichinho bravo e feroz para depois sair correndo e rindo. O ortodoxo é o bicho bravo e feroz? Vamos chegar perto dele, cutuca-lo e sair correndo...subindo num lugar alto ou omitindo nossa cara para que ninguém veja que fomos nós? Que infância espiritual ainda estamos? O que ganhamos mesmo com isto???

Respeito é a chave! E com respeito, a minha casa é tua casa.

sábado, 15 de setembro de 2007

Dona Canô


Acabei de ver na TV que Dona Canô fará 100 anos.
Ri quando ela disse que não sabe porque tanta história em torno dela que nunca fez nada de importante... Imagine! Viver 100 anos e achar que não se fez nada demais. Como se viver tanto fosse algo fácil e como se viver bem fosse mais fácil ainda.

De conselho ela deixou uma frase mais ou menos assim: Não se irritem muito com as coisas, a raiva não leva a nada, em suma, ela disse para viver mais na esportiva. Só não disse como. rs
Gulosa, vaidosa, bem-humorada, cheia de fé. Dá mesmo uma inveja boa ver alguém assim... E que ainda por cima consegue manter os filhos no vínculo do afeto.
Parabéns Dona Canô. A senhora não entende, mas para mim é muito óbvio o porque de tanta festa!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007


“Eu faço minhas coisas, você faz as suas.
Não estou neste mundo para viver de acordo com suas expectativas.
E você não está neste mundo para viver de acordo com as minhas.
Você é você, e eu sou eu.
E se por acaso nos encontramos, é lindo. Se não, nada há a fazer.”

[Fritz Perls]

Lembrei hoje desta "oração" da Gestalt ao ler uma reflexão proposta pela Pri Borbo...Era algo sobre as nossas decepções que são frutos das nossas expectativas sobre o outro.
O que Fritz propõe seria uma deliciosa utopia, porque não é tão simples zerarmos nossas intenções. Um dia a gente chega lá.


domingo, 9 de setembro de 2007


Feriado da Independência? Estamos livres de quem?

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Compartimentar...


Me peguei hoje a refletir sobre como a sociedade nos impulsiona a nos compartimentarmos (existe esta palavra?).

A sensação é esta: Aqui posso ser sincera, aqui nem tanto... Neste espaço tenho que moderar minhas palavras porque tal pessoa ou tal grupo não está aberto para receber ponderações. Neste lugar devo me conter, neste outro posso chutar o balde das minhas "verdades" sem medo de respingar em ninguém.

E aí seguimos interpretando tantos papéis quanto esperam de nós, ou do contrário optamos por cairmos em certo ostracismo social e culpa interior por não termos dado conta de sermos como a maioria esperava. Viramos colcha de retalhos, cuja identidade é um emaranhado de pedacinhos de outros que no fim de tudo, forma uma coisa que chamam de "nós".

Este sentimento aqui então eu deixo para mostrar alí. Este outro mais adiante, num momento oportuno que talvez chegue ou talvez nunca venha...Este jogo para debaixo do tapete e aquele encerro no fundo do poço dos sentimentos não gratos.

Vamos construindo nossas máscaras e quando vemos também nos transformamos em alguém com medo de ouvir opiniões. Entendendo opiniões como críticas, fazendo este ridículo paralelo... Viramos alguém que também obriga o outro a compartimentar suas atitudes e verdades, filtrar, encerrar, oprimir, descartar.

Afinal, levamos tanto tempo para construir nosso mundinho, nossa personalidade tão bem retocada e vem um audacioso e tenta mostrar que tem uma falha aqui e um errinho alí... Que não nos acha perfeitos, infalíveis.

O quanto adultos somos para sair do raso existencial e arriscarmos mergulhar nas águas fundas dos sentimentos reais sem medo de retaliações?

E se estamos pontos a pagar o preço, será mesmo que vale a pena? Que o mundo comporta gente de verdade, sem subterfúgios? Sem maquilagem, sem glitter?

Parece que o ajustar-se então é enfim o desajuste dos nossos verdadeiros desejos, das nossas reais necessidades, da nossas sensações e sentimentos, nossas opiniões e entendimento.

Melhor sair então amanhã e comprar caixinhas coloridas com etiquetas e colocar dentro de cada uma o que tenho e não posso mostrar, o que sinto e não posso sentir, o que grita dentro de mim e que preciso calar. Compartimentadas cada qual em seu quadradinho colorido, quem sabe um dia, numa faxina anual qualquer, serão abertas e saltarão livres para num mundo finalmente mais maduro para ouvir e simplesmente respeitar.

Sacos Plásticos


Aqui em my city, e aposto que em muitas outras cidades, está rolando uma polêmica sobre o uso de sacolas plásticas. A maioria dos consumidores em pesquisas de opinião, tem considerado um retrocesso carregarem compras em sacos de papel e/ou sairem equipadas com outras sacolas, visto que nem sempre se programam para as compras. Uma destas consumidoras disse que não queria voltar para a época da avó! Eu particularmente gostaria sim! Principalmente no que se trata de um mundo mais respirável para viver. Quem dera poder voltar aos tempos que o meio-ambiente não era uma preocupação. Isto me faz ver que infelizmente as pessoas estão preocupadas apenas com suas vidinhas e seus poucos anos ou décadas que lhe restam e não estão nem aí para o planeta e para as futuras gerações. Egoísmo puro. É retrocesso? É. Mas a culpa é de quem? De quem busca alternativas, ou de todos? Então, acho um absurdo que ainda se preocupem com o "incoveniente" que a eliminação dos sacos plásticos trará. Por último, ainda bem que "Deus não dá asa a cobra" pois eu seria uma governante bem ditadora nesta hora: É proibido e pronto! Desculpem o desabafo. Não sou eco-chata, mas estou de saco cheio de ver grandes problemas girarem em torno de pequenos umbigos.

(Agosto 2007)

Tempo Rei


O tempo é uma convenção!

Anos, meses, semanas, dias, horas... São artifícios utilizados à princípio para organizar nossa vida, mas o jeitinho humano faz com que usemos para postergar o viver.

O regime pode começar na próxima segunda, a ginástica na próxima semana, o médico fica para o próximo mês, aquela viagem que estou precisando fazer fica para o próximo ano...assim como a decisão de começar um novo curso, conhecer uma pessoa nova, mudar o visual, rever os "horários".

O Amanhã que pode ou não chegar da forma como concebemos se torna o lume da nossa existência. Tudo é ponderado e tolerado em função do porvir, como se o tempo fosse um grande mágico, regenerador das oportunidades perdidas.

O dia 31 de dezembro vem então com a carga absurda de tragar todos os erros e dar vazão à todos os projetos que lentamente vão se perdendo no decorrer do ano...

Sem querer destituir a poesia dos rituais de passagem, estes às vezes se tornam empecilho para que o AQUI AGORA se faça notado e vivido. Que se empenhe para buscar homeopaticamente as realizações das próprias metas à medida que elas se façam premente.

Alguns rituais são depósitos de pequenas postergações e frustrações acumulados em decorrência da baixa energia para atuar no presente.

Como lidamos com o amanhã? Podemos marcar data para iniciar a nossa almejada reforma interior, ou mesmo a reforma da reforma?

Se soubéssemos viver um dia de cada vez...Se o aqui agora fosse o único tempo considerado para nossa atuação... Se Carpe Diem... rs

Tempo Rei
(Gilberto Gil)

Não me iludo, tudo permanecerá do jeito que tem sido
Transcorrendo, transformando
Tempo e espaço navegando todos os sentidos

Pães de Açúcar, corcovados
Fustigados pela chuva e pelo eterno vento
Água mole, pedra dura
Tanto bate que não restará nem pensamento

Tempo Rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei

Pensamento, mesmo o fundamento singular do ser humano
De um momento para o outro
Poderá não mais fundar nem gregos nem baianos

Mães zelosas, pais corujas
Vejam como as águas de repente ficam sujas
Não se iludam, não me iludo
Tudo agora mesmo pode estar por um segundo

Tempo Rei, ó, tempo rei ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei

(dezembro 2006)

Overdose de Internet


Qual o real limite de salubridade na internet?

Volta e meia nos deparamos com amigos que cometem atitudes a nosso ver, "extremas" como o orkuticídio, por não conseguirem administrar suas atividades "reais" com as virtuais.

O Orkut por exemplo, é uma comunidade (embora virtual), composta por pessoas reais, de carne e osso, dá uma enorme sensação de perda, sempre que alguém toma uma atitude mais drástica. A sensação que vem é de estarmos perdendo tempo em um mundo fictício que não dá garantias de continuidade em suas relações. Mas, como entender esta decisão?

Aqui formamos vínculos tão e às vezes mais fortes do que os formados por acidentes genéticos ou geográficos. As pessoas se mostram na maioria das vezes, mais abertas e intensamente do que as pessoas com as quais esbarramos na nossa convivência física. Desta forma, o APEGO fica mais forte, sentimos certa necessidade deste espaço onde podemos falar o que pensamos, brincar sem muitas regras e deixar aflorar em alguns momentos até aspectos mais enrrustidos de nossa personalidade...

Chega numa hora que começamos a deixar de lado familiares, amigos próximos, atividades diversas...compromissos assumidos com a gente mesmo! É nesta hora que a sensação de ser dominado por um vício caí feito um temporal sobre a nossa cabeça.

Aquele livro interessante que ganhamos no Natal fica esquecido na gaveta, não há mais tempo nem interesse em passar pela locadora e ver os lançamentos, mil desculpas para não ir à academia...no trabalho, há necessidade de dar uma espiada no que está rolando no mundo virtual de minuto em minuto...aquelas festas familiares sempre chatas, de repente se transformam em insuportáveis. Muitos projetos ficam esquecidos e o ano parece voar sobre as batidas do teclado.

O pior momento é quando a sensação de prazer inicial ao se adentrar no espaço virtual não acontece mais...e aí, tal qual um viciado em qualquer droga, se percebe que não adianta aumentar a quantidade pq aquele antigo prazer não ressurge, mas também não se consegue abandonar o vício, exceto em atitudes drásticas...

Temos que lembrar que este tipo de dependência extrema quase sempre vem suprir um vazio existencial e ela ocorre não só na net, mas naquele relacionamento do qual não conseguimos nos desvencilhar, embora não nos faça bem, naquele emprego que nos dilacera, mas não conseguimos abandonar, etc...etc...etc...

Minha proposta é de propiciar algumas reflexões sobre estes "limites" entre o salutar e o não salutar... No uso criterioso da internet, sem prejuízo para os outros espaços da vida.

Sei que há pessoas que conseguem usar de forma saudável o orkut, messenger, etc... Alternando com certa disciplina, os dias e horário de acesso. Outras, volta e meia estão ameaçando o abandono, pois se sentem literalmente "tomadas"...

Como é isto prá vc?

(Janeiro - 2007)

Desencantos Virtuais

Criamos expectativas sobre o outro. Para mim está muito claro que ninguém é no real do jeitinho que idealizamos no mundo virtual (nem nós mesmos). A net tem sim, este poder fotoshop e "lente de aumento" que faz com que algumas das nossas qualidades fiquem mais visíveis, as vezes a beleza mais retocada e também faz aflorar muito do que gostáriamos de ser.

A meu ver, isto não é necessariamente um defeito. Se há os que refletem cópias fíéis de si mesmos, parabéns à estes, mas penso não ser a maioria...este lugar é lúdico, aqui brincamos do que somos e do que queremos ser, e cabe bastante perspicácia no outro para ler nas entrelinhas o que não escrevemos.

Realmente este espaço faz com exercitemos a nossa sensualidade, simpatia (ou antipatia), intelecto...bem mais do que na vida lá fora. Digamos ser este um espaço para experimentações.
Então, quando surgem os conflitos eu digo que quem erra somos nós, porque sendo adultos, sabemos que não há pessoas perfeitas exceto na nossa imaginação, ou perfeito para nós são aqueles cujas imperfeições batem com as nossas...

Acho que o grande desafio em um relacionamento virtual (seja de amizade ou do que for) é conseguirmos amar e/ou interagir com aquele ser pelo que ele nos mostra e também pelo que nos omitiu. Aí crescemos nós mesmos, e exercitamos o que tanto pregamos, a tal de reforma íntima.

Pois, tão fácil é amar os nossos amigos e aqueles que como eu disse antes, se encaixam nas nossas imperfeições e tão difícil aturar o outro que julgamos inimigos e ameaçadores e esquecer nosso orgulho e nossa "verdade". Sei que não perdoaríamos setenta vezes sete um engano, mas se fechar para o perdão e para o entendimento é se fechar para a paz, que é fonte do viver bem.

Digo isto sem críticas, pois estou dizendo a mim também... Hoje o meu maior desafio não é dizer que não tenho inimigos virtuais e que perdoo a todos pelo que "acho" que me fizeram...mas sim, o desafio de fazer com que esta fala seja verdadeira e meu rancor não me destrua aos pouquinhos...

(Janeiro 2007)

Em Cima do Muro há um Espaço de Aprendizado

O que me leva a esta reflexão? Tenho visto por aqui, ali e acolá, uma guerra ideológica que levanta os ânimos de paraquedistas, incautos e bem-intencionados de plantão. Ideológica porque se propõe a defesa de lados, visivelmente antagônicos de se entender e viver a Doutrina dos Espíritos.

Um lado, vulgarmente é classificado como místico e outro de ortodoxo, sendo que o primeiro numa primeira leitura e entendimento ao não se fechar na compilação kardequiana acaba por vezes abrindo o leque para práticas e procedimentos que “ainda” não encontraram eco na codificação, e o outro lado, se fechando na codificação de tal forma que cai num ostracismo intelectual cerceador do novo.

Confesso sentir uma grande admiração por pessoas que se encontram nos extremos que citei, não todas, claro! Pois algumas considero de uma permissividade que beira ao descaso com a doutrina e outras, de uma irredutibilidade que beira a intransigência. No meio destes dois extremos conheci gente maravilhosa! Amigos que juntos, na mesma sintonia de busca pela “verdade”, nos levou inclusive a criar uma comunidade Espírita.

História à parte, me peguei no meio destes conflitos que vêm se reacendendo com a seguinte reflexão: Acreditamos que a vida não acaba aqui, somos espíritos imortais que após a morte do corpo físico, teremos caminhos a trilhar. Com qual “verdade” iremos reencarnar? No seio de que família? Espiritualista? Espírita? Islâmica? Budista? Judia? Católica? Protestante? Hinduísta? Teremos oportunidade de retormarmos ao caminho da doutrina da forma como fazemos hoje?

Se não reencarnarmos logo, faremos um percurso errático de aprendizado de doutrinas ou de valores morais, não-ideológicos? Quem nos receberá? Vestido de que doutrina estará o espírito condutor do nosso novo caminho? Há doutrinas neste espaço desconhecido ou nossas armaduras são risíveis aos nossos amigos espirituais?

Busco então, um exercício de convivência. Tento viver a minha escolha, a forma como entendo e percebo a doutrina sem ferir as escolhas alheias, não por pensar a minha como sendo a melhor ou a mais correta, mas por pensar que é a que me calça a que me serve mais, como espírito imperfeito que sou.

Sem demagogias agradeço aos que pensam diferente de mim e cruzam meu caminho, mesmo que em alguns momentos eu não resista a um ironia ou a um olharzinho superior (sei que vou pagar por isto também). É o diferente que me instiga. Que me faz viajar em busca do conhecimento e da validação das minhas idéias. Mas quero antes de tudo, tratar este diferente de mim com respeito, que é a base da minha evolução.

Sei que de nada me adiantará a sabedoria intelectual estéril, se não aprendi a sabedoria emocional de saber conviver com estes amigos que talvez me aguardem do outro lado, para me acolher e me ensinar o que meus críticos e meu coração endurecido se recusaram a ver e sentir nesta encarnação!

(Abril 2007)



Pequenas Missões


Hoje assisti a um filme, e para variar não me lembro o nome (quando começou na TV a cabo eu não vi o título).

Nele tinha uma cena entre um casal de amigos.

Ele me fez refletir sobre as pequenas missões que realizamos cotidianamente.

Refleti sobre aquele amigo ou amiga que te empurra para cima na hora que fraquejamos. Não necessariamente o que consideramos mais amigo, ou mais próximo, mas o que se faz mais oportuno em dado momento.

O que nos manda uma palavra inesperada, um gesto de carinho, de apoio ou de desprendimento, ou mesmo um bronca daquelas...

Espíritos encarnados, momentaneamente ou não repletos da luz que precisamos naquela hora para seguirmos adiante, secar nossas lágrimas, rever nossos projetos, nossa postura?

Falam por si só ou nossos mentores sopram a música do acalento em seus ouvidos...?

Não sei...mas agradeço a estes anjos que compartilham das nossas caminhadas e nem de longe têm noção de como são valiosos nas nossas vidas!

(em algum mês de 2007)