
Carnaval
Folia e Nostalgia
Umas das primeiras fotos minhas que lembro, foi a  de uma garotinha barriguda, com os cabelos curtos e cacheados, vestida apenas  com uma fralda, uma faixa de miss atravessada e uma coroa. Deve ter sido o  primeiro carnaval e a primeira fantasia (não minha, mas a dos meus pais, para  ser mais exata, do meu pai, o folião da dupla).
Os próximos que me recordo já foiram em guria, no  salão do único clube da cidade. 4 matinês anuais, salão cheio, guaraná, vidrinho  de plástico de lança perfume cheio de água...muitos confetes, serpentinas e  purpurinas que davam um trabalho danado para tirar.
Os blocos Sujos invadiam as ruas e era um misto de  extase com choro, pois os mascarados assustavam de verdade!
Das matinês para a noite...Ainda criança, o  primeiro esboço de um carnaval mais adulto. Na ala das crianças (indo para a  adolescência) no bloco mais famoso da cidade. O nome era FLOR do MAL. Auge dos  anos 70. A fantasia era de algodão crú com uma  flor vermelha que fazia alusão à  verdadeira flor do mal que já  adentrava o coração dos jovens e procupava as  famílias.
Logo  os clubes foram fechando as portas...o  carnaval (ou a caricatura dele)  deslizou para as praias, os batuques e o axé  passaram como tratores em  cima da fantasia e o calendário virou finalmente para  um tempo de  pouca fantasia...
  Na adolescência, ainda nos bailes de clube,  inevitáveis paqueras de carnaval...hawaianas, colombinas, índias,  marinheiras...rolos de fantasias a deslizar por uma parada de 4 dias no rélógio  do tempo.
Beijos sob o céu impecavelmente estrelado de  fevereiro sob a melodia de Bandeira Branca...
 
 
